O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade, O Outro Nome da Terra(1988)
2 comentários:
óoooooooooooooooooooh assustaram-se foi
xau abraços e beijinhos de catarina oliveira e diogo
e quem devia ser
Poema giro!
Eugénio de Andrade a tanto tempo nao leio um poema dele...
Tem gostado muito do que tem postado no blog.
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